Lembra do poema que eu fiz quando voltamos a se falar? Então peço que sinta tudo na intensidade que tem, por que não importa se for Shakespeare ou Allan Poe ambos vão mexer com você, ambos vão te fazer pensar e o furacão vai voltar cabe a você deixar ele levar os sentimentos embora ou guarda-los. Mas peço deixe que leve essa caixa velha embora, vamos viver tudo de novo , do zero que tal?
Lembro quando fui embora, bati a porta do seu coração e tranquei, tacando fogo, pois lá dentro já tinha álcool de mais das suas noites mal dormidas, pois eu, eu te causava insonia e hoje talvez ainda cause, fazendo você sair pra beber lembrando das nossas brigas... Ah nossas brigas, eram mais minhas do que suas né? Eu gritava batia o pé e você ali não sabendo o que ia acontecer depois, na verdade nem eu sabia, mas toda vez que partir sabia que eu ia voltar algum instante e olhe agora eu voltei, mas não espero que você abra a porta me convide pra tomar um café, eu só vim até a porta pra te entregar essa carta, mas sabe vou voltar e leva-la comigo. Pois sei que vivemos até os 150 anos felizes, sempre tomando aquele café na padaria, se encontrando na praça depois de uma noitada na balada, cheio de novos amores e novos contos, sei que trocamos varias ligações e que passamos noites acordados quando o outro precisava, sei que brigamos, mas no fim aquele abraço, o seu abraço mudava todo rumo da historia.
E essa é uma carta de lembrança e por isso vou leva-la comigo, me desculpe por você nunca poder ler, mas sabe ela é sobre eu e você, das vezes que sorrir sem saber.
Adeus meu caro amigo, até outra vida e que seja mais 150 anos ou até os 200 quem sabe.